the portuguese prison photo project
Exposições fotográficas sobre duas perceçóes das prisões portuguesas
19.4.2024 – 1.9.2024, Museu de Portimão (Portimão, região do Algarve). E anteriormente no Porto (2017) e em Lisboa (2019 e 2021).
Para mais informações consulte Portfolio.
Uma conferência sobre sistemas prisionais e arquitetura prisional
Nos dias 24 e 25 de outubro de 2024 na Faculdade de Direito da Universidade do Porto. Para mais informações
Uma publicação de três volumes
Total de 336 páginas e mais de 300 fotos. Leia mais e faça o seu pedido
Luis Barbosa
Fotógrafo e formador no Instituto Português de Fotografia IPF Porto | nasceu em 1975 no Porto, em Portugal | laureado do prémio da S.P.A para o melhor trabalho de fotografia de 2017 | www.luisbarbosaphotography.com
É especialista em documentação fotográfica de cariz social e cultural. Formou-se no IPF Porto, onde é, agora, formador. Luis Barbosa aceitou com bastante entusiasmo o convite para participar neste projeto, através do qual procura enfatizar, nas suas fotografias a preto e branco, a atmosfera e o ambiente das prisões que tem visitado.
«Uma vez que nunca tinha entrado numa prisão, fiquei bastante satisfeito por poder, ainda que brevemente, penetrar num mundo quase sempre oculto, estando, no entanto, consciente que esta participação acarretaria uma grande carga emocional.»
Peter M. Schulthess
Fotógrafo da SIYU*, especializado em fotografia de arquitetura, particularmente prisões | nasceu em 1966 em Basel, na Suíça | www.prison.photography
A sua primeira experiência fotográfica em contexto prisional ocorreu no início dos anos 2000, no antigo estabelecimento penitenciário de Basel. Esta experiência fez nascer nele o interesse pela detenção e pela fotografia de estabelecimentos prisionais e correcionais. Desde então, fotografar locais de detenção tornou-se no seu mais duradouro projeto, enquanto fotógrafo e autor. Depois das prisões na Suíça, Peter Schulthess visitou e fotografou estabelecimentos prisionais na Alemanha e agora em Portugal.
* É membro da SIYU professional photography switzerland.
«Este projeto me levou a um país que nunca havia visitado antes.
Por isso me questionei: o que é que eu vou ver? O que poderei fotografar? O que vou poder mostrar?»
Parte 1: prisões para detenção criminal
Selecionadas pela Prof. Maria José Moutinho Santos | Especialista em história das prisões | CITCEM – Universidade do Porto
As fotografias apresentadas, realizadas entre 1876 e 1974 e escolhidas num universo de muitas centenas pertencentes aos acervos de diversos arquivos públicos, são um apontamento intencional de contraponto às imagens contemporâneas de Peter Schulthess e Luis Barbosa. Se estas últimas refletem dois olhares e duas circunstâncias, as fotos antigas resultaram de outros olhares, em contextos políticos, penais e prisionais muito diversos.
«Essa diversidade de conteúdos, objetivos e contextos das imagens - de uma inesperada riqueza documental - tornou a minha contribuição neste projeto uma notável experiência pessoal»
Parte 2: prisões para detenção política
Selecionadas pelo Prof. Luis Farinha | Historiador | Universidade Nova de Lisboa
Por ocasião do 50º aniversário da Revolução dos Cravos que marcou o fim do regime político ditatorial conhecido por Estado Novo (ou Salazarismo), apresentamos, pela primeira vez no contexto do nosso projeto, imagens de estabelecimentos especiais para prisioneiros políticos e de campos de concentração entre 1926 e 1974, em Portugal e nas colónias.
«Mais do que nunca, é importante mostrar a realidade dos regimes ditatoriais que utilizam a violência, a prisão e a tortura para intimidar opositores e críticos.»
A Exposição
19 abril – 1 setembro 2024
Museu de Portimão
Museu de Portimão | inaugurado em 2008 | em 2010, distinguido com o Prémio Museu Conselho da Europa
Nas antigas instalações de uma fábrica conserveira, a história da transformação industrial de pescado nos finais do século XX é ilustrada de forma impressionante – desde o desembarque do pescado no porto à lata de conserva finalizada. No pavilhão da fábrica, fielmente reproduzido conforme o original, com tapetes rolantes, cestos de arame, máquinas e fornos, figuras de gesso em tamanho real estão erguidas nos seus postos de trabalho, desempenhando as suas funções quotidianas ao som de gravações dos ruídos da fábrica.
Nos novos edifícios do complexo museológico, outras salas são usadas para exposições temporárias.